O CG-NAT é uma tecnologia que vários operadores parecem ter implementado progressivamente, sobretudo nos serviços de fibra e ADSL. Creio que é essencial saber se um operador usa CG-NAT antes de contratá-lo, pois assim evitamos surpresas desagradáveis. Para isso precisamos saber o que é CG-NAT e por que é usado.
Apesar de CG-NAT oferece uma conexão de internet estáveldeles limitações Em termos de configuração, está dando muita dor de cabeça para alguns usuários. O verdadeiro problema surge quando o usuário já contratou seu serviço de internet e percebe que usa CG-NAT. Isso é algo que, embora você não precise abrir portas ou usar um IP público, não importa nem um pouco, mas quando você precisa de uma configuração desse tipo a frustração começa. O problema é que agora você certamente está sujeito a um contrato de permanência e não poderá voltar atrás.
O que é CG-NAT e por que os operadores o utilizam?
Para ter uma ideia mais gráfica, quando nos conectamos à Internet através do CG-NAT, primeiro estabelecemos uma conexão com a rede privada da nossa operadora. Essa rede privada possui um único gateway para a Internet e todos os usuários terão que compartilhar esse gateway. Em outras palavras, teremos um IP público compartilhado.
Esta tecnologia não precisa ser ruim, na verdade não implica perdas de velocidade apreciáveis ou aumentos de latência. Teremos uma conexão rápida e estável com a qual praticamente tudo funcionará corretamente.
Quais são as limitações do CG-NAT?
A limitação do CG-NAT é que por ter um IP público compartilhado, não podemos atribuir abertura de porta ou permitir conexões externas à rede privada. Esse problema é percebido quando tentamos configurar algum tipo de servidor doméstico, como FTP ou web.
Se precisarmos abrir um port para jogar um videogame, também não conseguiremos. O CG-NAT desativa completamente a capacidade de abrir portas. Mesmo assim, os sistemas de compartilhamento de arquivos P2P funcionam muito bem em termos de velocidade de download.
Atrevo-me a dizer que em muitos casos a utilização do CG-NAT pelo operador passa despercebida pelo utilizador. Se você usa a internet para redes sociais, conversando, consumindo conteúdo multimídia, checando e-mail ou navegando, não terá problemas.
Por que os operadores usam CG-NAT?
As operadoras dizem ter motivos para usar essa tecnologia, que nada mais são do que baratear seu serviço e torná-lo sustentável. O que o CG-NAT faz é atribuir o mesmo IP público a um grupo de clientes. Em algumas operadoras o número máximo de clientes que podem compartilhar IP será 32.
Eles também acrescentam uma justificativa técnica, que é que Os endereços IPv4 têm um número limitado. Quando essa tecnologia IPv4 foi projetada, um crescimento tão grande da Internet e atualmente não há endereços IPv4 para todos os usuários.
Para amenizar esse problema, o IPv6 surgiu em 1994, ano em que seu documento RFC foi publicado pela IETF (Força-Tarefa de Engenharia de Internet). Atualmente, o protocolo IPv6 é suportado por sistemas operacionais modernos, mas o salto definitivo para ele ainda não foi concluído. Isso se justifica porque supõe um desembolso em infraestrutura e desenvolvimento para os operadores que eles não conseguem recuperar. O fato é que O IPv6 acabaria com muitos problemas, mas até que as principais operadoras do país façam um movimento, a transição será improvável.